quinta-feira, 10 de abril de 2014

Porque Deus nos criou?





Os Grupos de Estudos são, realmente, ambientes muito propícios ao aparecimento de dúvidas atrozes, que nos oferecem a oportunidade de aprender, a partir de um questionamento. Neste caso, a questão proposta por uma pessoa participante do grupo era exatamente esta: qual a razão do Pai Celestial ter criado a humanidade e, de resto, todo o universo, tendo em Si Mesmo todos os Seus atributos em grau máximo? Só para ilustrar e antes de prosseguir, vale lembrar que a definição de Deus contida na primeira questão de O Livro dos Espíritos é: “Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” Como se isso não bastasse, logo em seguida, na questão treze, Allan Kardec complementa o raciocínio relacionando os Atributos Divinos: eterno, imutável, imaterial, único, onipotente e soberanamente justo e bom. E, para complicar, os Espíritos ainda complementam afirmando que só podemos formar ideia apenas de algumas das perfeições Divinas. Ou seja, Deus é ainda muito mais do que podemos perceber. E isso Lhe dá, portanto, mais motivos ainda para bastar-se por Si mesmo, sem a menor necessidade de nos criar. Essa questão acabou por se tornar, como frequentemente tem acontecido, mais uma oportunidade para estreitar os laços com os espíritos capazes de nos ajudar, a fim de solucionar o problema. Para isso, temos nos valido de uma técnica bastante simples: saturamos a mente com as informações disponíveis e nos colocamos em condições de receptividade para receber o auxílio. Para que isto aconteça, facilita muito uma caminhada tranquila, um ambiente natural, a meditação, etc. Assim, permitimos que os benfeitores espirituais completem as lacunas nas nossas ideias e o conteúdo nos chega íntegro e perfeito. É uma maneira de suprirmos nossa deficiência no quesito mediunidade, porque, obviamente, os médiuns ostensivos não necessitam de tantos subterfúgios. Desta forma, quando nos propusemos a “dormir sobre o problema”, contando com a inspiração do Alto, a solução veio muito clara, cristalina, simples e elementar, como todas as inspirações enviadas pelos Irmãos Maiores: fomos criados e também todo o Universo foi criado porque Deus é amor. Ok, diríamos, isso todos já sabemos, mas o que tem a ver com a questão? Acontece que o amor exige uma contrapartida, exige um alvo, pois não é possível amar-se o nada, amar-se algo inexistente. É ai que entramos nós: fomos criados para ser o objeto do amor de Deus! Nesse fantástico Universo físico e espiritual, onde tudo se encaminha para Unidade Divina, somos nada mais nada menos do que o anteparo necessário para que o Criador seja o que é: puro amor. Agora, portanto, começamos a entender porque o Pai Celestial sempre criou, conforme a questão 21 de O Livro dos Espíritos: A matéria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por Ele em dado momento? “Só Deus o sabe. Há uma coisa, todavia, que a razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e caridade nunca esteve inativo. Por mais distante que logreis figurar o início de Sua ação, podereis concebê-Lo ocioso, um momento que seja?”
Viva a lógica, o bom-senso e a capacidade de utilizá-los! Continuemos, pois, essa jornada purificadora, cujo destino irrevogável é nos tornarmos espelhos cada vez melhores, refletindo com perfeição o Amor Divino. 

Carlos Alberto Ferreira da Costa

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