quinta-feira, 24 de abril de 2014
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Porque Deus nos criou?
Os Grupos de Estudos são, realmente, ambientes muito propícios ao
aparecimento de dúvidas atrozes, que nos oferecem a oportunidade de aprender, a
partir de um questionamento. Neste caso, a questão proposta por uma pessoa
participante do grupo era exatamente esta: qual a razão do Pai Celestial ter
criado a humanidade e, de resto, todo o universo, tendo em Si Mesmo todos os
Seus atributos em grau máximo? Só para ilustrar e antes de prosseguir, vale lembrar
que a definição de Deus contida na primeira questão de O Livro dos Espíritos é:
“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” Como se
isso não bastasse, logo em seguida, na questão treze, Allan Kardec complementa
o raciocínio relacionando os Atributos Divinos: eterno, imutável, imaterial,
único, onipotente e soberanamente justo e bom. E, para complicar, os Espíritos
ainda complementam afirmando que só podemos formar ideia apenas de algumas das
perfeições Divinas. Ou seja, Deus é ainda muito mais do que podemos perceber. E
isso Lhe dá, portanto, mais motivos ainda para bastar-se por Si mesmo, sem a
menor necessidade de nos criar. Essa questão acabou por se tornar, como frequentemente
tem acontecido, mais uma oportunidade para estreitar os laços com os espíritos
capazes de nos ajudar, a fim de solucionar o problema. Para isso, temos nos
valido de uma técnica bastante simples: saturamos a mente com as informações
disponíveis e nos colocamos em condições de receptividade para receber o
auxílio. Para que isto aconteça, facilita muito uma caminhada tranquila, um
ambiente natural, a meditação, etc. Assim, permitimos que os benfeitores
espirituais completem as lacunas nas nossas ideias e o conteúdo nos chega íntegro
e perfeito. É uma maneira de suprirmos nossa deficiência no quesito
mediunidade, porque, obviamente, os médiuns ostensivos não necessitam de tantos
subterfúgios. Desta forma, quando nos propusemos a “dormir sobre o problema”,
contando com a inspiração do Alto, a solução veio muito clara, cristalina,
simples e elementar, como todas as inspirações enviadas pelos Irmãos Maiores:
fomos criados e também todo o Universo foi criado porque Deus é amor. Ok,
diríamos, isso todos já sabemos, mas o que tem a ver com a questão? Acontece
que o amor exige uma contrapartida, exige um alvo, pois não é possível amar-se
o nada, amar-se algo inexistente. É ai que entramos nós: fomos criados para ser
o objeto do amor de Deus! Nesse fantástico Universo físico e espiritual, onde
tudo se encaminha para Unidade Divina, somos nada mais nada menos do que o
anteparo necessário para que o Criador seja o que é: puro amor. Agora,
portanto, começamos a entender porque o Pai Celestial sempre criou, conforme a
questão 21 de O Livro dos Espíritos: A matéria existe desde toda a
eternidade, como Deus, ou foi criada por Ele em dado momento? “Só Deus o sabe. Há uma coisa, todavia, que a razão vos
deve indicar: é que Deus, modelo de amor e caridade nunca esteve inativo. Por
mais distante que logreis figurar o início de Sua ação, podereis concebê-Lo
ocioso, um momento que seja?”
Viva a lógica, o bom-senso e a
capacidade de utilizá-los! Continuemos, pois, essa jornada purificadora, cujo
destino irrevogável é nos tornarmos espelhos cada vez melhores, refletindo com
perfeição o Amor Divino.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Mais importante do que ir para o Céu é voltar para a Terra!
A grande
preocupação do ser humano, quando sobra um tempinho para pensar nessas coisas,
tem sido, há séculos, o que fazer para ir para o Céu. Isso, sem abrir mão das
regalias e da familiaridade da velha zona de conforto e, claro, sem abdicar de antigos
hábitos já consolidados pelo tempo. Como há um jeitinho brasileiro para
arranjar tudo, porque não haveria uma maneira de encurtar o caminho para o Paraíso?
Mas, como não poderia ser diferente, hoje sabemos, ou pelo menos desconfiamos,
que as coisas não são tão simples. É o que já aprendemos com as três revelações
enviadas por nosso Pai Celestial – a primeira, através de Moisés, nos ensinava
o que não fazer. A segunda, trazida por Jesus, nos diz o que fazer. E a
terceira, com o advento da Doutrina Espírita, a partir de 18 de abril de 1857,
nos esclarece como fazer. A humanidade,
assim, passou a contar com um roteiro muito claro e seguro, não para nos levar
ao Paraíso, mas para nos conduzir à perfeição, através da eternidade. Algo que,
aliás, parece ser muito mais interessante! Esse é o verdadeiro conhecimento da
verdade que, por fim, nos libertará, como nos garantiu o Mestre Nazareno. Mas,
libertará do que? Da nossa própria pequenez, da nossa milenar ignorância
escravizadora, da fieira das encarnações dolorosas, ou seja, nos libertará do
chão. Afinal, somos seres destinados a alçar altíssimos voos. Nossa sustentação
nessa empreitada se faz pelo apoio em duas grandes asas, em cujo
desenvolvimento estamos empenhados: a moral e a intelectual. O detalhe é que o
processo é longo, operoso e às vezes até oneroso. Só que o sucesso está
garantido, ainda que de acordo com a pressa de cada um, pois absolutamente “nenhuma
ovelha se perderá”. Portanto, vamos nos ater ao que está mais próximo: o
momento atual. E este é, certamente, um dos mais importantes para a humanidade
terrestre. Está em pleno vigor a Determinação Divina de separação do joio do
trigo, com a implantação definitiva do Reino de Deus na Terra. Em outras palavras, com a chegada da Era de
Regeneração, aqueles que não apresentam as condições necessárias para
permanecer no Planeta, são retirados e exilados em planetas inferiores na
escala evolutiva. Portanto, desencarnar e ter o direito de voltar para a Terra,
na atual conjuntura, é um verdadeiro privilégio. Mas que condições seriam estas,
que nos facultariam o retorno ao querido solo da mãe-Terra? Primeiramente,
devemos considerar que a mudança será de categoria: de Provas e Expiações para
Regeneração. Então, se ainda tivermos a necessidade de utilizar recursos
próprios da categoria anterior, como as expiações, definitivamente não
estaremos aptos a habitar o futuro orbe regenerado. E quem são os que ainda
necessitam usar semelhante ferramenta? Aqueles que não desenvolveram em si
mesmos a habilidade de promover seu próprio crescimento evolutivo através do
trabalho no bem, através do amor e da caridade. Para que esse desenvolvimento
se faça, a condição primordial é a identificação dos principais obstáculos que
estão atrapalhando o processo. Nesse sentido, um importante reconhecimento é: quem
é o inimigo número um de todo trabalhador? Não, não é o Chefe nem o Patrão. É o
sofá! Com todas as suas conotações de inação, conformismo e desperdício de
tempo. O tão sonhado mundo melhor se fará com muito trabalho e cabe a nós,
habitantes destas terras, arregaçarmos as mangas. Quando o Criador determinou a
separação dos escolhidos dentre os muitos chamados, Ele apenas iniciou o
processo, fazendo a seleção de pessoal. Dai para frente, a responsabilidade
perante a obra recai sobre os tarefeiros, que devem se investir da condição de
multiplicadores dessa corrente do bem. Portanto, podemos concluir com uma
inegável certeza: o Céu pode esperar. Mas o Planeta Terra não!
Carlos Alberto Ferreira da Costa
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