sexta-feira, 4 de abril de 2014

Mais importante do que ir para o Céu é voltar para a Terra!



A grande preocupação do ser humano, quando sobra um tempinho para pensar nessas coisas, tem sido, há séculos, o que fazer para ir para o Céu. Isso, sem abrir mão das regalias e da familiaridade da velha zona de conforto e, claro, sem abdicar de antigos hábitos já consolidados pelo tempo. Como há um jeitinho brasileiro para arranjar tudo, porque não haveria uma maneira de encurtar o caminho para o Paraíso? Mas, como não poderia ser diferente, hoje sabemos, ou pelo menos desconfiamos, que as coisas não são tão simples. É o que já aprendemos com as três revelações enviadas por nosso Pai Celestial – a primeira, através de Moisés, nos ensinava o que não fazer. A segunda, trazida por Jesus, nos diz o que fazer. E a terceira, com o advento da Doutrina Espírita, a partir de 18 de abril de 1857, nos esclarece como fazer.  A humanidade, assim, passou a contar com um roteiro muito claro e seguro, não para nos levar ao Paraíso, mas para nos conduzir à perfeição, através da eternidade. Algo que, aliás, parece ser muito mais interessante! Esse é o verdadeiro conhecimento da verdade que, por fim, nos libertará, como nos garantiu o Mestre Nazareno. Mas, libertará do que? Da nossa própria pequenez, da nossa milenar ignorância escravizadora, da fieira das encarnações dolorosas, ou seja, nos libertará do chão. Afinal, somos seres destinados a alçar altíssimos voos. Nossa sustentação nessa empreitada se faz pelo apoio em duas grandes asas, em cujo desenvolvimento estamos empenhados: a moral e a intelectual. O detalhe é que o processo é longo, operoso e às vezes até oneroso. Só que o sucesso está garantido, ainda que de acordo com a pressa de cada um, pois absolutamente “nenhuma ovelha se perderá”. Portanto, vamos nos ater ao que está mais próximo: o momento atual. E este é, certamente, um dos mais importantes para a humanidade terrestre. Está em pleno vigor a Determinação Divina de separação do joio do trigo, com a implantação definitiva do Reino de Deus na Terra.  Em outras palavras, com a chegada da Era de Regeneração, aqueles que não apresentam as condições necessárias para permanecer no Planeta, são retirados e exilados em planetas inferiores na escala evolutiva. Portanto, desencarnar e ter o direito de voltar para a Terra, na atual conjuntura, é um verdadeiro privilégio. Mas que condições seriam estas, que nos facultariam o retorno ao querido solo da mãe-Terra? Primeiramente, devemos considerar que a mudança será de categoria: de Provas e Expiações para Regeneração. Então, se ainda tivermos a necessidade de utilizar recursos próprios da categoria anterior, como as expiações, definitivamente não estaremos aptos a habitar o futuro orbe regenerado. E quem são os que ainda necessitam usar semelhante ferramenta? Aqueles que não desenvolveram em si mesmos a habilidade de promover seu próprio crescimento evolutivo através do trabalho no bem, através do amor e da caridade. Para que esse desenvolvimento se faça, a condição primordial é a identificação dos principais obstáculos que estão atrapalhando o processo. Nesse sentido, um importante reconhecimento é: quem é o inimigo número um de todo trabalhador? Não, não é o Chefe nem o Patrão. É o sofá! Com todas as suas conotações de inação, conformismo e desperdício de tempo. O tão sonhado mundo melhor se fará com muito trabalho e cabe a nós, habitantes destas terras, arregaçarmos as mangas. Quando o Criador determinou a separação dos escolhidos dentre os muitos chamados, Ele apenas iniciou o processo, fazendo a seleção de pessoal. Dai para frente, a responsabilidade perante a obra recai sobre os tarefeiros, que devem se investir da condição de multiplicadores dessa corrente do bem. Portanto, podemos concluir com uma inegável certeza: o Céu pode esperar. Mas o Planeta Terra não!
Carlos Alberto Ferreira da Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário aqui: